09-09-2010 06:00Justiça concede liminar à jornalista que teve rosto deformado por cirurgia plástica
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O juiz Magno Alves de Assunção, da 28ª Vara Cível da Capital, concedeu liminar favorável à jornalista e apresentadora da TV Record Isabela Veiga e Silva para sustar o restante do pagamento de uma cirurgia plástica mal sucedida, realizada na Clínica da Lagoa. A apresentadora se submeteu, em junho último, a um lifting facial com fios russos para elevação dos tecidos da face, mas o resultado ficou muito aquém do esperado: ela ficou com o rosto deformado.
O procedimento – orçado em R$ 4,5 mil, sendo metade do valor pago à vista, mais três cheques pré-datados no valor de R$750, além de R$ 900 pelos serviços hospitalares – foi realizado pelo cirurgião José Antonio Encinas Beramendi. A apresentadora propôs ação declaratória de inexistência de débito e reparação por danos materiais, morais e estéticos com pedido de liminar em face do médico e do centro de cirurgia plástica.
Para o juiz Magno Alves de Assunção, apesar de se tratar de uma obrigação de resultado, ocorreu erro médico, fato que acarretou diversas lesões à jornalista. “Os prejuízos são de ordem material e moral, além da ameaça de perda do emprego”. Na decisão, o magistrado determinou também a apresentação dos boletins de cirurgia e de anestesia, “de forma integral, sem faltar um só dado”, sob pena de multa de R$ 15 mil, incidindo sobre ambos os réus. Além disso, ele determinou que, junto com a contestação, o médico comprove a titulação de especialista em cirurgia plástica e estética.
A fim de esconder um pequeno sulco na face, conhecido como bigode-chinês, que poderia ficar evidente na tela da televisão em função da nova tecnologia high definition (HD), a apresentadora procurou o cirurgião que lhe indicou o lifting facial e garantiu que o resultado seria indolor e rápido. Após a operação, Isabela continuou a sentir fortes dores e um inchaço que não cedia, apesar de lhe ter sido ministrado cortisona.
Passado dois meses, o rosto está completamente irregular, apresentando duas bolsas de gordura acima do queixo e dificuldades em fechar a boca, devido à redução do movimento dos maxilares. De acordo com a jornalista, esta situação está prejudicando o seu trabalho, pois lhe tem sido oferecido pautas menos relevantes que as que costumava cobrir.
Fonte: TJRJ
A Justiça do Direito Online
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